Um drama: A vida

Ah Solidão! Anuncia-se plena!

Conversas na varanda da incerteza,

Descabelas as ideias mal formadas.

O ímã da tristeza. Ah, que invasão demorada!

Sorte que a vida é cheia de momentos!

Por que não finges só de vez em quando Inveja?

Toda hora há expurgos sistemáticos!

A alma senta e chora sem notar-se o que faz!

Joga para longe os surgimentos de emoções.

Perde-se na imensidão em poses caídas.

Por que o passarinho canta Lúgubre?

Parece o pianista, que sucumbe com a ausência da esperança.

Não chores não! Por favor. Dói ver-te assim.

Ainda sou uma criança que precisa de solicitude.

Não vagues na escuridão ensaiada pelas lágrimas! Não!

E o Mar se cala nas suas ondas espumadas,

Chamando pensamentos escondidos!

Está lá, todo silencioso no seu infinito.

Cor de papel e efeito embaraçado tu me dás!

Por que me deixas assim, monte de Água salgada que arde?!

E a Noite que logo chega costumeira?

É tão linda! Dá um adeus ao Sol estupendo,

A troca do dia para a noite é pura!

Quando o crepúsculo se faz presente,

Um cheiro de mudança se anexa no ar.

Uma calma e serena paz cerca o arredor.

E quando a Chuva faz seu show?

Não é um cenário que merece aplausos?

O cheiro da terra emana em tons musicais

Já não é mais enfadonho!

E as pessoas? São todas calculadas!

Exatas! Previsíveis e taciturnas.

O preto e o branco marcam seus cenários,

Não há nada o que fazer sem uma vontade.

Criaturas que se deixam ser limitadas.

Oh solidão certa e desinteressante!

E o amor? Ah o Amor! Sucinto em plenitude

Quem conhece o seu sabor?

São goles que dão sede, por vezes, rejeitadas!

Que medo é esse de amar?

Só para mentes limitadas.

Por que entregar-se só a solidão?

Há muitos sentimentos para serem explorados!

Aprisionam os sentimentos de forma cruel! Ai que dó!

Deixando o orgulho e o egoísmo,

Dar vida em geral do seu completo.

Que tédio taciturno, apático e inconsciente!

A vida é um atuar constante,

Os personagens mudam de figurinos;

Suas expressões,

Suas falas.

Seus hábitos

Automaticamente.

Não se importam: se é dia ou noite,

Se faz sol ou chuva,

Se pássaros cantam,

Se o mar fala.

Sempre há mudanças!

Entretanto, quem as vê?

Quem as nota?

Todos encenando o tempo todo!

Morre a esperança

E com ela se vai a tons dramáticos

Metáforas não entendidas

Muito menos compreendidas

Por isso, um teatro.

E as cenas continuam...

Belly Regina
Enviado por Belly Regina em 22/01/2014
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