NOVO E BOM TEMPO
NOVO E BOM TEMPO
Lá estava eu
Vestido de importante
De terno e gravata
Julgando-me pensante
Súbito, despi-me da fantasia
E a importância foi-se
Qual a vida atingida pela foice
Passei a ser alegoria
Livre do peso das vestes
Finalmente dono do nariz
Faço o que sempre quis
Poesia, que espero preste
Feliz pelo caminho
Tirei do escaninho
Lápis, papel e inspirações
Expondo minhas emoções
Não há paga
Não há chaga
Há um coração que divaga
Num mundo que nunca se apaga