O TEMPO

O TEMPO

Eu venço o tempo

Num galope ligeiro

Do ginete do meu cérebro

Que voa como um relâmpago

Se sobrepondo à idade

Com todos meus pensamentos

Da primavera dos anos

Quando os soldados de chumbo

Se sobrepunham ao smartphone

E por isso ainda hoje

Eu continuo a brincar

Prendendo a vida com flores

E cordas para pular

"Atirando o pau no gato"

Só para ouvir o seu miar

Quem fica sério demais

Cria rugas pra danar

Logo cedo a sua carranca

Vai aos outros espantar

Eu com as minhas brincadeiras

Jogo as rugas para longe

Pra na fornalha queimar

Fornalha no bem-querer

Pro fogo do verbo amar.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 01/01/2014
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