PRESENTE DE NATAL AOS PAIS (O POEMA:MEU FILHO)
Quando era bebê,aos oito meses,engatinhava com tal esperteza
Que apostava corridas com o pai,já engatinhando com certa lerdeza.
Até a chegada final,para presenciar a pose do bebê,com aquela vitória,
Sentado,com expressão tão rica e graciosa que não me sai da memória.
Naquele rosto havia a fala muda da mais bela história que já vivi,
Trazia nos olhos um fascínio que eu não esperava naquele guri,
De sorriso debochado e ainda sem os dentes que a idade escondia.
Tudo aquilo era apenas uma etapa do que a vida oferecia todo dia.
O ser humano é uma obra de arte feita à semelhança de Deus
E a felicidade do bebê parecia tão pioneira como os escritos de Mateus
E para o pai, tão marcante que os anos não apagarão jamais
Estas relíquias arquivadas para as recordações de logo mais.
As surpresas eram sem fim e aos vinte meses criou uma fora do normal.
Acordou-me de madrugada e fez um convite como se fosse natural,
Acompanhá-lo até a salas, onde queria ter uma conversa
E nada mais fez senão falar, falar sem nenhuma pressa.
Era como se dissesse que o tempo dedicado às pessoas acumula saber
E que este era o caminho dos sábios para encontrar na vida o prazer.
Tudo isso em dez minutos de falas e gestos que me deixaram arrepiado
Sem saber se ouvia uma pequena criatura ou um Anjo representado.
CRPOETA