PRESENTE DE NATAL AOS PAIS (O POEMA:MEU FILHO)

Quando era bebê,aos oito meses,engatinhava com tal esperteza

Que apostava corridas com o pai,já engatinhando com certa lerdeza.

Até a chegada final,para presenciar a pose do bebê,com aquela vitória,

Sentado,com expressão tão rica e graciosa que não me sai da memória.

Naquele rosto havia a fala muda da mais bela história que já vivi,

Trazia nos olhos um fascínio que eu não esperava naquele guri,

De sorriso debochado e ainda sem os dentes que a idade escondia.

Tudo aquilo era apenas uma etapa do que a vida oferecia todo dia.

O ser humano é uma obra de arte feita à semelhança de Deus

E a felicidade do bebê parecia tão pioneira como os escritos de Mateus

E para o pai, tão marcante que os anos não apagarão jamais

Estas relíquias arquivadas para as recordações de logo mais.

As surpresas eram sem fim e aos vinte meses criou uma fora do normal.

Acordou-me de madrugada e fez um convite como se fosse natural,

Acompanhá-lo até a salas, onde queria ter uma conversa

E nada mais fez senão falar, falar sem nenhuma pressa.

Era como se dissesse que o tempo dedicado às pessoas acumula saber

E que este era o caminho dos sábios para encontrar na vida o prazer.

Tudo isso em dez minutos de falas e gestos que me deixaram arrepiado

Sem saber se ouvia uma pequena criatura ou um Anjo representado.

CRPOETA

Cléo Ramos
Enviado por Cléo Ramos em 21/12/2013
Reeditado em 21/12/2013
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