LIVRE

Após um prolongado tempo rompeu,
Com a solidão, com a mudez,
E sorriu, gritou, sorriu, gritou...
Deu um intervalo pra lucidez.


E correu, correu, correu...
Até desaparecer no pó da estrada,
Com a alma leve, magnetizada.


Após tanta clausura, se libertou,
De uma paixão não correspondida.


E se lançou na primavera, resplandecida.


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ENFIM

 Queria liberdade pra voar,
porém o medo era bem maior,
tolhia, impedia, a castrava...


 Um dia resolveu se arriscar,
deixou de pensar no que era pior,
a vida, decidida, a empurrava.


 Abriu então as asas, se soltou.

 De todos os grilhões se libertou.

(HLuna)