Brasil folclórico_Primavera_Quadrinhas

Brasil Folclore_Primavera _Quadrinhas_

Manjericão douradinho

Douradinho até o pé

O meu coração é teu

O teu não sei de quem é

*

A açucena quando nasce

Vem abrindo, vem fechando

Meu amor, quando te enxerga

Vem todo se requebrando

*

Botei flores a brilhar

Dentro de um caixão de vidro

A paixão que me acompanha

É não poder falar contigo

*

Cravo não bole com a rosa

Que está quieta na roseira

Não sabes que é pecado

Mexer com moça solteira?

*

Adeus, centro da beleza

Minha delicada flor

Quando me verei contigo

Prenda de tanto valor!

*

Cupido subiu ao trono

Descalço, pisando em flores

Dizendo: viva quem ama

Morra quem não tem amores

*

Lá detrás daquele serro

Tem um pé de lírio só

Faço carinhos a todos

Mas quero bem a ti só

*

Vinde cá, meu cravo douro

Minha papoula da Índia

Eu te quero perguntar

Se me queres bem ainda

*

Vinde cá, meu cravo douro

Minha semente de prata

A tua vista me alegra

O teu retiro me mata

*

Minha mãe, me dê a chave

Quero apanhar nove rosas

Três brancas, três encarnadas

Três amarelas cheirosas

*

Sois a flor mais delicada

Que criou a natureza

Sois mais linda que a rosa

Que brilha com mais grandeza

*

Lá doutro lado do rio

Está uma rosa por se abrir

Quem me dera ser sereno

Para na rosa cair!

*

Na terça por todo o dia

Para mim tudo era flor

Só pensando em ir gozar

Delícias de teu amor

*

És branca como jasmim

Colorada como a rosa

Se tu me amares sempre

Dou-te a terneira barrosa

*

Manjericão miudinho

No peito do meu amor

Quando me verei contigo

Minha delicada flor?

*

Esta casa está bem feita

Por dentro, por fora não

Por dentro cravos e rosas

Por fora manjericão

*

Cravo roxo, sentimento

Dentro de minha almofada

O dia que te não vejo

Não coso, não faço nada

*

Se eu morrer com minha fala

Com meu juízo perfeito

Hei de pedir que me enterrem

No jardim deste teu peito

*

Para ti me vou chegando

Conhecendo o teu amor

Adeus, delícias dos sonhos

Adeus, delicada flor

*

Dá-me de tua parra um figo

Uva de tua figueira

De teu peral uma rosa

De teu rosal uma pera

*

Cravo-goivo, amor-perfeito

Metidos em almofada

No dia em que te não vejo

Não como, não faço nada

*

Na minha horta plantei

Sementes de mariana

Nasceram cravos e rosas

Uma angélica cor de cana

*

Com o prado, com as flores

Comparo minha ventura

O prado porque floresce

A flor porque pouco dura

*

Dentro do meu peito há

Um cravo roxo dourado

Este não dou a ninguém

Só pra ti tenho guardado

(autores diversos desconhecidos)

compilado por Myriam Peres

Myriam Peres
Enviado por Myriam Peres em 21/04/2007
Código do texto: T458663