À morena que o vento leva pela mão

Deixa restar um beijo

Que as folhas no chão nos devorem

Um sussurro de paz no estio

Deixa que o abraço demore

Deixa vazar um sorriso

Pois não há tempo que volte

Um segundo pesar, um suspiro

Deixa viva a canção que te move

Hoje as estrelas cantam teu nome

E da tua boca faço verso

Do sonho que te negas, insone

Hoje rogo, do tempo, o regresso

Hoje o silêncio se dissipa no vento

E teus olhos brilham na memória

Desse menino que se cala ao relento

Hoje já és parte da história

Cala teus sentidos outra vez

E deixa que fuja o instante

A segurança da certeza é insensatez

Cala tua mente relutante

Vem, e apaga essa luz geminiana

Deixa os motivos serem outrora

Hoje é a espera que inflama

Vem, e viva a vida no agora

Cala toda essa demora em vão

Pois eu quero que a verdade

Preceda a explicação...

Luiz Otávio Esteves
Enviado por Luiz Otávio Esteves em 13/11/2013
Reeditado em 14/11/2013
Código do texto: T4569762
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