À morena que o vento leva pela mão
Deixa restar um beijo
Que as folhas no chão nos devorem
Um sussurro de paz no estio
Deixa que o abraço demore
Deixa vazar um sorriso
Pois não há tempo que volte
Um segundo pesar, um suspiro
Deixa viva a canção que te move
Hoje as estrelas cantam teu nome
E da tua boca faço verso
Do sonho que te negas, insone
Hoje rogo, do tempo, o regresso
Hoje o silêncio se dissipa no vento
E teus olhos brilham na memória
Desse menino que se cala ao relento
Hoje já és parte da história
Cala teus sentidos outra vez
E deixa que fuja o instante
A segurança da certeza é insensatez
Cala tua mente relutante
Vem, e apaga essa luz geminiana
Deixa os motivos serem outrora
Hoje é a espera que inflama
Vem, e viva a vida no agora
Cala toda essa demora em vão
Pois eu quero que a verdade
Preceda a explicação...