Madrugada
Passa lenta a madrugada
Passa a palavra ardida
Que fere a funda ferida
Aberta antes de mim
Vai-se a mágoa, o sentimento
Nas águas do lado as furnas
A festa da luz divina
O ordem determinada
A chuva da Santa Graça
Nas colinas do receio
Momento de comunhão
Quando os anjos se desvelam
Amplos campos de algodão
Infinito canavial
A chuva que vem molhar
Cavalos sem sua selas
Telhados sem seus beirais.
E Jesus desce da cruz
Para nos salvar
Nos braços de sua mãe
Nos braços do Cristo morto
A procissão vai passar.
Roberto Gonçalves
Passa lenta a madrugada
Passa a palavra ardida
Que fere a funda ferida
Aberta antes de mim
Vai-se a mágoa, o sentimento
Nas águas do lado as furnas
A festa da luz divina
O ordem determinada
A chuva da Santa Graça
Nas colinas do receio
Momento de comunhão
Quando os anjos se desvelam
Amplos campos de algodão
Infinito canavial
A chuva que vem molhar
Cavalos sem sua selas
Telhados sem seus beirais.
E Jesus desce da cruz
Para nos salvar
Nos braços de sua mãe
Nos braços do Cristo morto
A procissão vai passar.
Roberto Gonçalves