A lágrima
 
A lágrima passa e o tempo
Sempre sopra o semprevento
A sempretude do sempre
A sempremente passar
As unhas nas minhas costas
Descendo sem ver alívio
O lembrado e o oblívio
O colibri enterrado
O roceiro e a enxada
Nas costas me vem arar.

 
Roberto Gonçaves
Escritor


 
RG
Enviado por RG em 29/10/2013
Reeditado em 30/09/2016
Código do texto: T4546857
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