Passa a lua e madrugada
Passa, passa e a lua e a madrugada
Passa o verso e a passarada
No passeio distraído
Passa, passa o boi passa a boiada
Passa a peneira rachada
Passa o momento de rir
Passa
Nos olhos do rio Sapucaí
Do cálice consagrado
Do escuro confessionário
O mapa do meu tesouro
Daquele menino que fui.
Fui menino e não passei
Tanta fé no coração
E não me deixaram passar
Um menino que subia
A ladeira todo dia
E ia dar injeção
No velho tuberculoso
Deitado no seu colcão
De palha e dessassego
Salve, salve Rainha
Mãe da misericórdia
Salve santa da tísica
Salve as almas do lugar !
E na sombra do semblante
Uma luz vinha luzir
Azulada lamparina
Bailava na minha sina
Deus há de perdoar.
Roberto Gonçalves
Passa, passa e a lua e a madrugada
Passa o verso e a passarada
No passeio distraído
Passa, passa o boi passa a boiada
Passa a peneira rachada
Passa o momento de rir
Passa
Nos olhos do rio Sapucaí
Do cálice consagrado
Do escuro confessionário
O mapa do meu tesouro
Daquele menino que fui.
Fui menino e não passei
Tanta fé no coração
E não me deixaram passar
Um menino que subia
A ladeira todo dia
E ia dar injeção
No velho tuberculoso
Deitado no seu colcão
De palha e dessassego
Salve, salve Rainha
Mãe da misericórdia
Salve santa da tísica
Salve as almas do lugar !
E na sombra do semblante
Uma luz vinha luzir
Azulada lamparina
Bailava na minha sina
Deus há de perdoar.
Roberto Gonçalves