DESPRENDIMENTO
Olhei para o alto
e vi a copa da árvore
que, por mero acaso
ou apenas imaginação
desprendeu uma de suas folhas.
A folha, embalada
no próprio silêncio
do seu mais puro e perfeito movimento
desceu suavemente
e, pairou em cima de minha mão
simplesmente abençoada.
Diante desse inusitado presente
minha mente atenta, ascendeu
de modo magnífico e iridescente
e entregou-se ao universo eloquente
tão verso e reverso, interna e externamente.