Quem eu sou?

Às vezes

Percebo-me do jeito que sou

Da maneira que sou

Às vezes encontro-me irreverente, carente

Sempre ocupada com pensamentos

longínquos, gritantes,latentes

Às vezes olhando para o nada

Vejo tudo

Registro, convivo, vivo

À espera de algo infinitamente grande

Definitivamente meu, mas

Divisível.

Às vezes busco

Um ponto certo ou só pontos de interrogação?

O que é que tenho?

O que é que sou?

O que é que me tornarei?

Quem eu sou?

Às vezes

Permito-me uma olhadela para dentro de mim

E o que vejo?

Às vezes como um labirinto

Outras vezes como uma linha reta

De partida, de chegada, de vinda, de ida

Que imensidão de vontades...

Decido escolher a que mais me identifico

Que difícil!

Mas não desisto...

Às vezes o tilintar do pensamento:

Quem eu sou?

O que me tornarei?

Escolho ser quem sou

Agora

Lapidada, burilada, amada

Á espera de ser

Cada vez mais transformada

Pelas mãos criadoras do Perfeito escultor

Que me conhece por dentro e por fora

Deus é quem sabe quem eu era

Deus sabe quem eu sou.

Celiacelisimoes

celiaceli simoes
Enviado por celiaceli simoes em 06/09/2013
Reeditado em 31/08/2014
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