E Ele Acreditava Ser Hi Man

Me vesti de moleque

corri quintal afora...

Sonhei seus sonhos.

Joguei bola.

Subi em árvores

dei carinho,

de nada me arrependo

até agora.

Ainda vejo

o seu rostinho

sorrindo.

Cabelos negros...

De brilho intenso.

E pele morena

ainda assim,

sentia-se He Man.

Espada de plástico.

Nada de fiasco

só um sonho

de menino...

Subíamos à goiabeira

via contigo,

seus amigos

imaginários...

Tornando-me

também um deles.

O protegi

com tanta força,

que mais perecia

uma leoa.

Guardei-lhe

das hienas da vida.

Isso não foi atoa.

Privei-lhe

alguns

sonhos.

A exemplo,

andar na rua

antes

do tempo.

De tudo

o que fizemos

juntos,

de nada

me arrependo.

hoje.

Sou apenas,

a mulher que deu-lhe

A luz.

Seu caminho

já percorre

sozinho...

um grande homem

lhe fiz.

Meu animalzinho

de estimação...

Abri os braços,

para abrigar-se.

Em outros braços.

Que hoje

por mim

te abraçam.

Com tudo isso

me alegro

sem nada temer.

E ainda juntos...

Sorrimos.

dos dias

de criança.

quando mães

viram moleques.

Para que não

adotem

nas ruas

seu meninos.

Gracia Fernandez
Enviado por Gracia Fernandez em 01/08/2013
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