Felinski.

Quem vê

não me enxerga direito.

Não nota que a cicatriz em meu peito,

é raiz de alegria

que surgiu na terapia

universoterapia.

A grama foi meu leito.

As estrelas travesseiro.

Antidepressivo,

eu mesmo.

Indefinido, verbo transmutável, composto sujeito.

Questionar o mestre que me ensinou a elegância da dor

Talvez seja demais

Seria meu verso capaz?

Talvez seja heresia,

mas note os passos

compassados

de quem carrega alegria.

Violões e melodia.

Velha guarda na avenida.

Não toque minha felicidade.

Mesmo se quisessem, teriam capacidade?

Felicidade é matéria indefinida.

Como o ar,

Como o soprar,

Como um sopro de vida.

Tente a colocar em uma gaiola ou em um copo do teu conhaque.

Verás o vidro virar pó, e restar ela só, mesmo que demore, mesmo que mais tarde.

Verá meu riso frouxo, como água, escorrendo pelas grades.

Tauanzito
Enviado por Tauanzito em 19/07/2013
Reeditado em 30/12/2013
Código do texto: T4394631
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.