R
ecanto
ecanto
das
L
etras
etras
GRITOS SURDOS
em sei por que aqui estou...
Voltei !
Mas não voltei...
Sou como alma penada
Que vaga na madrugada fria
Rabiscando o que diz poesia.
Sempre pela calada madrugada
Palavras nos chegam pelo vento
Arrepia a pele tão fria rajada
Na garganta entrava o lamento
Um amor singelo sempre rejeitado
Debruça-se num coração de gelo
Que ora dorme o pobre coitado
Acordando no calor da emoção
De vermelho se faz a cor do cartão
Bruxuleia a luz do candeeiro...
Um amor como sonho de criança
Que acorda ao pisar num braseiro
Um tiro certeiro na esperança.
Meus Sincelos parabéns
Para mais este rabisco
Que não tem nada de poesia...
Apenas um grito rouco de final de dia
Na lagoa de Iriri desta cidade
Grito surdo de falsa felicidade
Reverbera do Oiapoque ao Chuí
Brinde que se faz sempre normal
Nos cálices a cerveja artesanal...
Após grito habitual......
Cai na real....
Nada mais a dizer....
Se disser para quê...
Será chover no molhado.
MELHOR FICAR CALADO.
Rio das Ostras 19 de Junho de 2013
18:00 horas