LEVEZA
(Sócrates Di Lima)
Leve com o a pluma,
É a alma quando ama,
Não há beleza alguma.
Quando o amor chama.
A noite é dos poetas,
A madrugada dos amantes,
Os corpos fazem festas,
E se fazem cantantes.
E quando o amor vai chegando,
Transforma o carinho em ternura,
Segue os dias cantando,
No hoje e nas estações futura.
O que é o amor senão um encantamento,
Onde reúne todas as proezas do prazer,
Se intensificam no sentimento,
E faz o prazer de amar, acontecer.
E assim o amor se faz leve,
Leve como a pena,
Dela o destino se serve,
Permitindo amar uma Morena.
Mas o amor não é assim
Como se fosse a primeira vista,
A paixão e o desejo pode ser sim,
Mas o amor precisa de conquista.
Ah! Que gostar é o caminho mais curto,
Para se chegar ao amor,
E o que eu já sinto nem discuto,
Pois ela me fez querer além do que poderia supor.
E assim me revelo em poesia,
Como tantas vezes pensei em fazer,
E o que me traz valia,
É amar essa morena sem mesmo perceber.
Leve como a pena,
Suave como a brisa,
Tão sensível quando minha Morena,
Que em ternura me realiza.
E nas belezas que a vida faz,
Reúne as esperanças uma a uma,
Em busca do amor de Marcella que me apraz,
E o torna suave, tão leve quanto a pluma.