REVIVER A PRIMAVERA

Ainda a sebe não tem rosas,

Já está o abrunheiro em flor.

O melro corre na relva,

A perseguir seu amor.

É mais uma Primavera

Que chega pra me encantar.

Eu, que poeta não sou,

Tento também versejar.

Também sinto, também vibro

Co’o movimento do Sol

Ou da Terra, na verdade,

E ao cantar do rouxinol.

Este azul do céu me assombra

Em qualquer hora do dia,

Enquanto o verde viceja

E meus olhos extasia.

A luz me alegra, e ilumina

O meu jardim a florir,

Enquanto aragem suave

As folhas põe a bulir.

A rezar ao Criador

Vivo eterna a agradecer,

Grata p’la missão divina

Que entregou a cada ser.

Lisboa, 11.03.2007

Maria da Fonseca
Enviado por Maria da Fonseca em 23/03/2007
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