Viva!
Amantes do tempo e das horas.
Faremos cartas e jogaremos ao vento,
Para este a elas responder.
Pronunciando cifrões ao relento,
Ouvindo o eco de nossas próprias vozes.
Dores artroses que invadem a alma,
São o preludio da inevitável aurora.
Venham! Saiam na janela,
Vejam e revejam o avivar da mortificada terra.
Amor, ódio; paz e guerra.
Entrelaçando-se na valsa da vida e das ironias,
O que antes era morte, hoje é vida.
Vida ambígua de ser e de ter.
De parar e estremecer,
Perante os sonhos ainda não sonhados,
Os nós ainda não bordados e
Amores, oh grandes amores, não suspirados.