O papel aceita tudo...
“O Papel aceita tudo”, minha mãe certa vez me disse.
Então, o papel aceita,
Meus amores, meus temores, minhas dores...
Minha covardia, minha alegria, minha ousadia...
Meu entusiasmo, meu fracasso, meu acaso...
Minha felicidade, minha idade, minha saudade...
Meu pranto, meu acalanto, meu recanto...
Minha risada, minha jornada, minha escalada...
Na pureza d’alma fecunda e infinita dos amantes...
Das folhas em branco, mar de possibilidades...