Onde você mora?
Venho caminhando incansavelmente.
Percorrendo vales, montanhas e planícies.
Conheci gente humilde e outras nem tanto.
Apaixonei-me tomando café numa casa de sapé.
Noutra, meu coração se encantou com seu jeito de comer canapé.
Lembro-me:
Aceitei provar o horrível caviar. Só para te agradar.
Soltei-me como um pássaro ao vento.
Na esperança de te encontrar.
Andei a pé e a cavalo.
Depois pulei para automóveis de muitos cavalos.
Aumentei a velocidade, mas, nunca te alcancei.
Pergunto-me sempre: onde você se esconde.
Onde você mora.
Toda manhã, faça sol ou chuva olho para o céu e faço um pedido.
Quero de todo coração encontrá-la.
Chorei algumas noites e também sob o sol ardente.
Você não me ouviu e não me viu.
Desejo-a como nunca desejei nada neste mundo.
Aliás, vive e vivo para possuí-la, ou ser possuído.
Olhe, estou com as mãos calejadas.
Olhar e corpo cansado.
Estou indo embora.
Breve não farei parte desta terra.
Apareça meu amor. Foi uma vida a sua procura.
Apareça felicidade...
www.jaederwiler-poeta.blogspot.com