AS TUAS MÂOS...

Olho as tuas mãos

Tão dóceis e refinadas

Tão suaves e delicadas

Como que fossem cetim!

Trago-as a mim…

Pelas trilhas do meu rosto

Num leve encosto

E deixo-as marear naturalmente...

Deixo-as assim

Sentindo cada dedo que me toca

Cada deslize brando que retoca

E qual motim

Se ergue instantaneamente

Na minha pele que, dormente,

Exige novamente

Esse festim...

Que mãos de fada!

Que toque fresco!

Em cada pé-de-vento

Eu me refresco!

Que doces passagens

Em rotas certeiras

Em premeditadas viagens

Que despertam os sensores!

Que mãos justiceiras

Que incitam a rebeldia

Do meu manto que todo se alia

Nas suas esteiras...

Que mãos tão seguras

Lidando a vida que passa

Sem quaisquer cesuras

Se mostram na sua graça

Na sorte e na desgraça...

Que mãos tão maduras!

Que mãos as tuas!

Que mãos tão firmes

Não acusam a vida

O desgaste da lida

Que mãos sublimes!

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 21/02/2013
Código do texto: T4152716
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