O galo de Recife e de BH
Para Ysolda Cabral, com alegria e saudade
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Que galo imponente e grandão!
Mas belo que um pavão
Um monte de gente o acompanha então
Em tempos em que galos morrem no panelão
Esse puxa gente quente
Com e sem dente
A burguesia, o proletariado, o fodido e o ascendente
Vai amigo, inimigo, a sogra e o parente
O galo é tão grande que dá receio
Parece que foi feito para cinema e se preciso pisa em cheio
Atrás dele também vai a bonita, a gostosa e o feio
Mas certamente tem ele potência e freio
O galo de minha amiga os vizinhos querem matar
Ele canta de madrugada sem parar
Reclamações à prefeitura já a deixam sem ar
E o galo levanta rapidinho para com as galinhas se acalmar
Espero que esse galo não venha em BH nos encontrar
Vai ver a turma do Atlético triste e a chorar
Fizeram um Mineirão que só tem ar
E a torcida já está sem ânimo de ir lá cantar
Canta galo no carnaval de Recife e no Brasil sem apavorar
Esse povo precisa de muitas alegrias para se animar
A inflação aos poucos vai chegar
E ano que vem um novo galo e uma nova vida vai recomeçar.
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