BRILHO
BRILHO
A noite traz a poesia
Traz junto a mania
De olhar para as estrelas
Brilho eu, finito, ao vê-las
Umas nuvens enormes
Fecham as cortinas do céu
E eu fico ao léu
Disforme
O brilho foi-se embora
Agora é chuva lá fora
Trazendo o aroma da terra
Num céu que berra
Brilham agora as gotas
Pela luz artificial
Parecem estrelas marotas
Levadas pelo vendaval
Enfim tudo se acalma
As nuvens dispersam-se
Tal qual minh’alma
As estrelas alegram-se