Sonhar enquanto há vida
Apesar desta carcaça
ainda há paixão nos olhos
ternura no olhar
O coração transborda de emoção
embora este corpo carcomido.
Restam ainda as lembranças
De tempos áureos e sonhos pueris
Será para uns, uma velhice ridícula
Para outros, feliz retorno à infância
à juventude que inda brilha no espírito
quando a alma sobeja de alegria
viver a fase derradeira, com vivacidade
e entusiasmo pelo dom precioso de viver
E sonhar... Ah! Como sonha
esta alma consumida pelo tempo!
Edir Araujo é poeta e escritor independente. Autor dos livros
A Passagem dos Cometas, Risos e Lágrimas, Amante das Trevas (inédito), Fulana (em construção) e grande variedade de poemas, contos, crônicas, resenhas, etc.