coisas de casa

aproxime-se, vento

aprochegue-se, chuva

não me desoriento

com um cacho de uva

temporada de sol

não merece perdão

só o meu rouxinol

que brigou com o azulão

se eu morasse em Phuket

tsunami eu temia

se eu morar com você

vou morrer de alegria

temporada de abiu

minha mãe no quintal

é sanhaçu, tiziu,

curió e pardal

tombo da ribanceira

só doeu em quem viu

traição passageira

a melhor que existiu

vento vem entortando

toda a vegetação

só me pergunto quando

vou pegar tua mão

dorme a casa esquecida

no sertão apagada

muitos palmos de vida

só uma encruzilhada

corro e abro a torneira

o galão vou encher

temos a vida inteira

só pra gente fu(mar)...

toda porta é senhora

se a soleira quiser

e a janela por fora

é uma linda mulher

quase que disse tudo

mas não o que devia

desse Deus voz ao mudo

tudo ele diria

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 05/02/2013
Reeditado em 05/02/2013
Código do texto: T4125058
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