COCHILO!!!

COCHILO!!!

Corro os meus dedos

Por sobre o sapato

E rápido desfaço do cadarço

Os laços

Sentindo o alívio daquela pressão

Os dedos dos pés movem-se aliviados

Deitando o meu corpo

Ponho-me de lado

E logo dormito num manso cochilo

O apito do trem lá longe dispara

Parece levar-me para o infinito.

Nas paralelas dos trilhos da vida

Calo-me

E nada comparo a este momento bonito

Sem asas eu voei nos meus pensamentos

E me pego livre no rodopiar

Entre momentos me livro daquele tormento

De um dia cansado do meu despertar!

Tenho pressa, por isto divago entre extremos

Entre viver o dormido, ou….

Sonhar o acordar

E pulando na linha entre um e outro trilho

Descubro o segredo entre o ir e o ficar!

Se vivo descubro pra sempre estar morto

Mas… Quando ali morto,

Vem o ressuscitar!

E logo dispersa de toda confusão

Com verso e rimas como larva em vulcão!

...

Nasser Queiroga
Enviado por Nasser Queiroga em 21/01/2013
Reeditado em 17/06/2020
Código do texto: T4096921
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