MUSA

Quis e quero uma musa
que a mim não fosse obtusa,
e coubesse como uma luva
no meu poema-canção...

Fizesse sorrir e cantasse,
e, se por acaso bailasse... Enfim,
proporcionasse ressurgir como passe, 
a força do meu coração...

Tivesse o perfume da rosa
a impregnar a 
viela escura 
a quê, com as estrelas da alma
iluminasse a passarela em sua procura...

Essa musa eu já tenho,
razão pela qual me empenho
no feitio de belas obras
impondo amor... E isto sobra!...

Hei de segui-la ao largo do caminho
com estreitos passos leves, certinhos
pra não assustar meu benzinho
e, fazê-la aceitar meus carinhos...

É minha paga ao seu preço,
por tanta inspiração recebida!
Eu só não sei se mereço
a iluminação concedida!

Se nos perdermos...
Que confusa ficará nossa vida!...
E é aí, o motivo que esmera
escrever e compor maravilhas!

Não sei, sequer, se consigo...
Mas, espero fazer o melhor!...
Caso ela goste, eu prossigo
dando-lhe o meu amor-mor!...
...






Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 17/01/2013
Reeditado em 18/01/2013
Código do texto: T4089540
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