CHAMADO
(sócrates Di Lima)
Chama-me no sonho,
E eu ouço no meu silêncio,
Meu pensamento voa,
Entoa,
A canção de uma saudade,
Que, ainda, não vivi.
Quem desdenhou,
Perdeu,
Quem perdeu,
Não chorou,
Não fui Eu,
Sem lágrimas,
Sem por quês!
Sem chegada,
Sem partida,
um chamado,
no silêncio da madrugada.
Quem visitou meu sonho,
Trouxe-me esperança,
Do algo que já comheço,
Mas está escondido,
Em algum lugar do meu amanhã.
e mesmo que eu não busque no hoje,
Talvez encontre,
no amanhã,
Talvez sim,
Talvez não,
E o que importa!!
Nada, além da esperança,
de viver novamente,
Um sonho de luz.
Andar no caminho da paz,
Cruzando nas paralelas da vida,
Antiga vontade,
De viver cada instante,
Da vida,
Como se fosse último.
E o amor!
O amor viver na prenitude,
que a velha juventude,
se renova,
e começa,
e se vive,
Um dia de cada vez.
E assim, ouço o chamado,
De um amor debruçado,
No parapeito da vida,
Esperando,
gritando, chamadno,
Passando,
Na aurora,
No arrebol,
do amanhecer,
do entardecer,
que, ainda, não chegou,
mas, chama,
e eu ouço o chamado,
E na tua mão estendida,
Pegou,
Então, eu vou.