Vai e vem

Não vejo o que vês

E vejo o que não vês.

E o que vemos, vês

Porque não existe

Talvez...

Não sinto o que sentes

E sinto o que não sentes.

E o que sentimos, sentes

Porque são coisas

Inexistentes.

Não penso o que pensas

E penso o que não pensas.

E o que pensamos, pensas

Porque são simples

Crenças.

Não toco o que tocas

E toco o que não tocas.

E o que tocamos, tocas

Porque são fúteis

Pipocas.

Não canto o que cantas

E canto o que não cantas.

E o que cantamos, cantas

Porque são chaves

Santas.

Se não existo, existes.

Se existo, não existes.

E se existimos, existes

Porque assim

Não somos tristes.

Leitor meu, meu leitor

A vida é tua, meu leitor.

E se vives, meu leitor,

Também vivo de amor.

Um riso para este autor,

Uma prece sem mais dor,

Uma eternidade

E, sem mais terror,

A nossa felicidade.

08/12/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 08/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4073767
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