A FLOR E O LIVRO
(Sócrates Di Lima)
No livro aberto da minha vida,
Você minha véia, é a minha flor eterna,
Nas minhas páginas eu crivo,
Versos de amor em emoção terna.
Você Basilissa, é a flor que no meu âmago desabrocha,
Se abre todas as manhãs de qualquer estação,
No vermelho sangue como fogo em tocha,
Escreve minhas cartas com a nobreza do meu coração.
E se eu a amo na leveza do meu ser,
É amor de alma que está sempre a vivver,
E se amanhã meu coração morrer,
Meu amor não morre é alma que com Cristo há de renascer.
Você Basilissa, é a flor mais bela,
E eu o livro enrraizado na emoção,
Aberto e sem segredos de sentinela,
Somos expoentes de uma insana razão.
Você Basilissa, é flor que traz na essência pureza,
Na cor viva do vermelho carmim,
Tem no semblante a real beleza,
A raíz do amor que brotou em mim.
E eu sou o livro antigo,
Sem mistérios e sem segredos,
E eu trago comigo,
Nas minhas págidas os seus enrredos.
Da felicidade que nos enlaça,
Me abro todo a você,
O livro que guarda em poesias o que quer que eu faça,
Sem dúvidas e sem porquê.
Somos como dois pingos no universo do mar,
Dois lagos na mesma face da terra,
Olhando a eternidade do Sol e da Lua a espera do amar,
A flor você, eu o livro que nunca se encerra.