AMAR É VIVER
De repente explodimos num choro
E não mais que de repente estamos no mundo
Nesta bolha com nossa armadura
De pele ossos e sangue
Advindos da ancestralidade
Trazemos na bagagem engrenagens
Rostos características traços
Dos nossos antepassados
Que como nós passaram por esta vida
Pisaram deste chão e respiraram deste ar
Como se fossemos imensos terços
E nós as continhas que o dedo do destino
Vai contando... Sensação estranha!
Mais não nos questionamos muito
Sobre isto ou aquilo...
Importa é que estávamos vagando
Sem rosto nesta seara de mistérios
O que é sagrado agora é esta vida
Esta nova missão a ser cumprida
E a oportunidade que nos foi dada
Foi-nos revelada como algo
Que até então para nós não existia
O mundo para nós
Viajantes do espaço atemporal
Era uma incubadora do além
Um questionamento futuro ainda a ser vivido...
Esta vida presente nos dá a oportunidade
De conhecermos as nuances
Mágicas dos nossos sentidos mais íntimos
E com ele aguçamos o instinto da gravidade
A existência é este surgir
É este passar é este acontecer
Conhecer ou mesmo quem sabe
Reviver por erros ou por acertos
Talvez seja um breve sono
Ou um despertar da morte
Onde que mormente estivéssemos descansando
É uma loucura infinitamente colorida
Pensar que tudo o que tem vida
Nada está paralisado tudo que tem ar vive
Vibra respira e cada dia uma folha em branco
Nos é doada
Para vivermos nossos personagens reais
Por isso o ato de agradecer
É sempre uma oportunidade
De uma flor em agradecimento ressurgir
Bem a tua frente por forças desconhecidas
Para te devolver a alegria
De se SER e poder SENTIR-SE vivo
E estar vivendo com amor
Nesta presença certa
Manifestada a cada dia
E agradecendo ao nosso criador
Esta poesia do equilíbrio e da mente
Pela vida que se renova incessantemente.