Primorosa

Eita! Como demorou, para a minha primavera

Começar a aparecer,

Principiar a florescer.

Em compensação

Está chegando muitíssimo bela,

Acompanhada pelo verão.

Intensa,

Cheirosa...

Aquela sua textura já conhecida,

Já esperada,

Muito embora nunca repetida.

Sempre renovada.

Delicadeza imensa,

Primorosa.

Ouso dizer que esta sua união com o calor,

Haverá de trazer algo bem especial,

Muito acima do normal.

Estou sentindo a inédita premência deste ardor.

Parece que vem com disposição

Para cumprir todas as promessas,

Que se empoeiravam em meus porões.

Sensações siderais, à beça!

Consistentes e construtivas emoções.

Sempre foram assim, meus dias.

Nunca se acomodaram as placas tectônicas.

Minha alma atravessa a vida

Atônita.

Quase sempre, positivamente.

Mas, o essencial: conscientemente!

Sempre sendo visitada pelas surpresas,

Que mantêm abertas

E, em forma de setas,

As comportas da afetiva represa.

Afeição é seu único alimento.

É o eixo de seu alinhamento.

O original, no end. abaixo:

http://vidaalta.blogspot.com/2012/12/primorosa.html

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 13/12/2012
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