Desnorte

A delicadeza fala com a pele

Tinge lábios e rimas ricas

Torna abundante o sorrir,

E em leve dança o caminhar.

(Aquela dança gostosa,

de marcar circunferências

perfeitas na pista)

Mas o delicado dura frágil...

E o menor tilintar vira caos:

Tempestade dentro da gente

(Crise efêmera)

O desnorte possui o corpo

Faz dele fantoche, ri,

Imita vozinhas na cabeça,

Traz assovios e fantasmas

Escuro, solitude, eco

Vazio de dar medo,

Mas o reescrever convida

E a mudança sorri

E a mágica toda se torna

Desenhar a sua própria mágica,

Plantar e regar sua abundância

(Com o sabor da fruta que quiser).