Felicidade de vida corrida
A vida é tão cheia,
de tantas possibilidades,
Que não concebo o tédio.
O dia é cheio que em cada lugar
Só dá para rapidinho passar.
Passar no amor, passar na alegria,
Passar no cansaço, passar no descanso...
É um passar rapidinho,
Que em cada lugar,
Sorrindo se diz, alô!
E, quando mal se percebe,
Só vê-se a noite chegar,
E, no último instante, antes do dia terminar,
Na hora dos olhos fechar,
O pensamento vem nos lembrar:
Passei aqui rapidinho,
porque é quase amanhã e,
a alvorada não tarda a chegar,
para começar um novo labutar.
Assim, quem dera o tempo fosse dobrado,
para termos dar tempo de fazer, um pouco mais,
do que sonhamos e queremos fazer nessa vida,
curta para tantos que fazeres,
de prazeres, de amores...
E, nesse jogo de vida e tempo,
Não sei como na escravidão do relógio,
Ainda há quem sinta tédio,
pelo escorrer do tempo.
Pois...
Na minha vida, o tempo não escorre, lentamente na minha vida; o tempo corre.
O ontem já se foi e o hoje acaba de chegar,
Com a promessa de já se acabar.
E, eu nem vi.
O amanhã sempre se aproxima veloz.
E, se o tempo não para, o que fazer para o tempo render?
Quem dera eu pudesse fazer com o tempo,
O que faz com o amor, o poeta Martinho da Vila.
" Bato tambor que tiver que bater
Acendo tudo que é de acender
Ralo o que for de ralar
Misturo o que é de misturar.
Pro amor render
Pro amor render
Faço tudo o que tem que fazer
Pro amor render"