Manhã de domingo
Hoje, domingo...
Manhã de domingo,
Cheia de luz!!!
E me vem à cabeça e ao coração,
... não sei se, necessariamente nessa ordem,
o Barquinho de Bôscoli e Marçal.
"Dia de luz festa de sol
E o barquinho a navegar
No macio azul do mar...”.
Estou longe do mar e,
a Luz “entrenuvens” da manhã de domingo,
a (me) iluminar,
a (me) chamar...
Chamar o sol,
E dar saudades do mar.
Chamar não para ir para o mar,
E a saudade matar.
Saudade para chegar,
E como saudade ficar.
Permanecer saudades
Para sentindo, sendo, vivendo...
Encontrando, no encontro e no desencontro.
Aqui, ali, acolá.
Pulando como um sabiá,
Voando como um beija-flor,
Sorrindo como uma criança,
E amando como se santo fosse.
Aí me vem à cabeça,
O poeta Ferreira Gullar:
“Bela, bela, bela, mas como é o nome dela?”
E ele mesmo responde:
“não é Tereza, nem Vera...”.
E lembrando Gonzaguinha digo: mulher, pessoa, gente... Vida!
“vida, vida, vida, seja do jeito que for,
Mar, amar, amor,
Se a Vida é o mar dessa dor.
Quero meu peito sedento,
de tudo que eu possa abraçar.
Mar, amar, amor”.
(Gonzaguinha).
Eternamente eterno!
(de Assis Furtado, 14/10/12).