Degustando as amoras maduras,
sujo os lábios, a roupa,
os pés, pisando nas frutinhas
já descartadas pelo tempo
que forram o chão,
são delícias desde a infancia
que tatuaram-se
em algum cantinho d'alma
Piso na relva fresca escorregando
como se alçasse um voo,
embalada pela alegria,
que repentinamenter chega
ao reviver o momento
de outrora,sempre atual
Bom saber-se viva,
sentindo a brisa acolhedora,
a despreocupação quase infantil
sem relógios e deveres,
momentos de encontro
com o próprio eu,
mais forte sempre 
em uníssono com a natureza

que não abandona quem a procura
Amoras maduras,
frutos cor de sangue
igual à do coração,
que colorindo a vida
torna-a mais leve
em momentos,
quando pinta alguma solidão









Foto da autora no dia a dia em meio a amoreiras mil.


26/11/12

 

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 26/11/2012
Reeditado em 01/08/2013
Código do texto: T4006135
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.