Degustando as amoras maduras,
sujo os lábios, a roupa,
os pés, pisando nas frutinhas
já descartadas pelo tempo
que forram o chão,
são delícias desde a infancia
que tatuaram-se
em algum cantinho d'alma
Piso na relva fresca escorregando
como se alçasse um voo,
embalada pela alegria,
que repentinamenter chega
ao reviver o momento
de outrora,sempre atual
Bom saber-se viva,
sentindo a brisa acolhedora,
a despreocupação quase infantil
sem relógios e deveres,
momentos de encontro
com o próprio eu,
mais forte sempre
em uníssono com a natureza
que não abandona quem a procura
Amoras maduras,
frutos cor de sangue
igual à do coração,
que colorindo a vida
torna-a mais leve
em momentos,
quando pinta alguma solidão
Foto da autora no dia a dia em meio a amoreiras mil.
26/11/12