SOL QUE ME BRONZEIA






Tuas mãos.
Fortalezas que me acolhem.

Todo teu ápice
e abrigo me serpenteiam.

Habito em teus galhos,
Placenta amiga que embala
Meu sono de mármores e jardins.

Tens os olhos de âncora.
E um lânguido dorso
crivados de flechas relampejantes.

Canta-me sempre canções de Sereias
e tua língua lambe os vãos das entrelinhas
do sol que me bronzeia.

Teu corpo
paisagem multicolor,
hipocampo que cavalgo
broto líquido, água e areias.











Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Sol que me bronzeia


ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 23/11/2012
Reeditado em 24/11/2012
Código do texto: T4001915
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