DESPINDO-SE DA SAUDADE
Hoje o dia resolveu despir-se
E querendo fazer-se de coitado....
Pensando nas vagas lembranças
Banhou-se na fonte da juventude
Das melhores essências serviu-se
Removeu todas gavetas do passado
Tentando refazer a sua história
Nada encontrou na memória...
Nem em possíveis fotos passadas...
Neste dilema sem solução problema
Se viu diante do elo esquecido.
O tempo que fazia-se de grisalho,
Pois há muito foi o seu anoitecer,
Que na sua pressa parado
Não o viu passar,
E se fez por esquecer.
Diante o espelho da vida
Se apetrecha de saudade
Sereno deixa lágrima cair,
Nos olhos avermelhados
Rebusca nos passados
O tal tempo perdido.
Essa aurora já ficou para trás
E que não voltará jamais....
Não será por ser o mundo uma esfera
Que se portará em compasso de espera.
Não se esqueça que mesmo ela ao girar
Todo dia voltará ao mesmo lugar.
Não será assim
Que queres ficar.
Rs trigueiros
Rio das Ostras 14 de Novembro de 2012
17:00 hs