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      ecanto
        
                das
                  
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                        etras
                         
 
 
 
 
 
 
Ao som de Emannuelle
 
 
DESPEDIDA
 
No chão um céu salpicado de estrelas
Cristalino espelho verde mar ....
Nos ocasos pintados de vermelho
Refletindo um pouco da minha alma
Pensava eu pintar um mundo colorido
Me dizia dono das cores....
Nas noites....
De alguns amores
Na total ausência de cor....
Nas mãos  de um pincel....
Datela Aflora
Amarga  vida....
Com os pensamentos nos céus
Das sensíveis mãos...
O que brotou...
Foi uma flor
No coração feridas
De caule delicado.....
A minha rainha da noite...
Hylocereus undatus....
De nome complicado
Bem mais fácil sabes tu
O teu
Uma aberração...
Sem explicação...
Rosas também tem espinhos
E no caminho
Indago-me !
Porquê rosas ferem
Até quem as cultiva...
És resistentes a seca...
agua e de amor...
Assim é a minha flor....
Que ao reveses da vida....
Não dizendo-se amada
Vive perfumada....
Deixando pelos caminhos
Seus rastros....
Também em lágrimas....
Eu também não precisarei muito mais....
Um cálamo ao invés de penas
Penas se pensasse em voar
Como vou desenhar
Um simples lápis de cor.
Uma folha em branco....
Como tem sido minha vida....
Mal traçadas linhas ...
Todas em forma de avenidas...
Que uniria ainda mais nós dois...
O que descubro agora....
Que o destino talvêz
Deixe mais uma vêz
Para depois...
Os rastros da minha
Despedida

Rio das Ostras 29 de Outubro de 2012