Quantas vezes ficamos perdidos em contos do coração

Que se distanciam da razão

De lustres luminosos a iluminar o celeiro  do tempo

De vidros adornados por espelhos a visualizar o refúgio do coração

Sem ter que pedir perdão

Sombrear o tempo com lucidez

Rasteando os rascunhos que ficaram armazenados na alma da paixão

Querendo ocultar os desalinhos que fluíram em algum lugar

Não sei se do passado ou do presente

Que teima em retornar

Em sua delicadeza, sem ter cara de disfarce

Mas tendo asas para voar

Em um lugar iluminado com raios do presente querendo desfolhar o passado

Espalhando folhas que estavam refugiadas no coração 

Tudo são liberados com contentamento

Amadurecendo a seiva que alimenta o tempo

De doces lembranças

Que cobrem o chão, vitalizando os elos perdidos no coração...