Mania de ser
Mania de ter
Sem saber aonde ficar
Se aloca aqui e ali
Ficas sem asas de tanto perambular
Esquece que não és pássaro
E ficas voando de galho em galho
Sem dá espaço ao tempo que deseja um só pensamento
Para eclodir em trovoadas
Que cai a chuva e molhe teu rosto
E deixe escorrer bem à água a cristalizar teu corpo
Como se fosse um brilhante não lapidado
Desejando ser encontrado e cultivado
Através das mãos sedosas que lapida teu corpo por inteiro
Transformando as entrelinhas periféricas em brilhos
Que ficam a reluzir
Esperando o momento de ficar abraçado a ti
Sem se iludir
Ah! eterno cobertor que se espalha na tua alcova
Cobrindo-te de pé a cabeça e embalando-te em sonhos
Que se firma ao chão
Deixando de ser avoado por aí...