TEMPO DE COLHEITA




Preciso contar ao tempo:
que os gestos,
os suspiros,
os abraços,
as águas,
os sóis,
as árvores,
os pássaros;
são belezas geométricas na vida,
e todos semeiam adubos e dos bons.
Todos se cristalizam num corpo vegetal e flores.

As seivas crescem e fincam
suas raízes nas paisagens.

Um dia: sem assombros,
sem receios,
sem complicações,
deitar-me-ei nos braços do tempo.
e sob a sua aragem livre e madura,
saborearei a fruta de seus afetos.

E na fertilidade das suas vertigens

serei o arado e a fecunda colheita.










Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Tempo de colheita




ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 05/10/2012
Reeditado em 05/10/2012
Código do texto: T3917230
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