O SABOR DA FELICIDADE

Tantos sonhos se compunham

Mostrando-se ruborizados na pintura da face

Enquanto os dedos redondos contavam,

Mesmo sem querer,

A infinidade de estrelas

Escondidas no peito...

Atrelados aos seus cachos

Enrolados a cintura

Corriam seus riachos

Revelando delicadeza e doçura.

Eram seus olhos o espelho do mundo,

Imensidão refletora de Deus

Contendo em si

Um mar de esmeraldas dançantes

Dizendo:

"Somos livres,

Mesmo quando não sabemos que somos."

E aquela luz

Que novamente voltava a tona

Trazia consigo o sabor do renascimento...

Ela suspirava cometas

Sentindo de novo

O sabor da felicidade.

Clarice Ferreira

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