A tarde que espaça o tempo

Nada diz de descontentamento

Segue seu ritmo sem dá trela ao vento

Que açoita as folhas caídas no solo das lembranças

Do tempo vivido não esquecendo dos galhos que sustentavam as folhas

A medida que foram caindo se deslocaram do chão 

Indo de encontro ao porão do coração encontrar a saudade

Vivenciando cada momento que ficam a flutuar entre encantos e desencantos

Sem se afastar da memória do tempo

Que se aloca em algum lugar

Seja no passado ou no presente basta um toque de contentamento

Que volta a todo momento a se deslocar

Buscando o refúgio que se aglomera em torno do coração

Fazendo círculos de esperanças

Se renovando ao lapidar do tempo