Há muitos dias,
Não chovia.
Havia me esquecido do efeito
Que a chuva provoca na floresta,
E, em meu peito.
Nesta madrugada ela veio nos visitar,
E à terra semear.
Suavemente,
Delicadamente...
Nada de temporais
Ou vendavais.
Veio calma
Para refrescar a alma.
O verde entra, imediatamente, em festa.
O cheiro de terra molhada,
Puxando a florada
É uma lírica manifestação,
Que acaricia o coração.
É interessante acompanhar a sincronicidade
Entre o peito e a natureza:
O leito das certezas.
Pelo menos a quem a ela se entregou, de verdade.
Basta prestar atenção às alterações
Nos tons das pulsações...
Na franca expansão da sensibilidade.
Seus filamentos
Interagindo com nossos sentimentos.
Tudo provocado explicitamente,
Apesar de nós, equilibradamente,
Pelos movimentos planetários, universais,
Absolutamente naturais.
... A arte da eternidade!
Ávida!
Fantástica!
Vídeo lindo: