SEMEADURA
Não me perco ao dolo
destas horas tortas,
indo pelo ralo...
Contenho o lamento
escudada em prece,
teço o amanhã,
grávido do belo...
Lanço o meu rastelo
pelas folhas mortas,
queimo em fogaréu...
De esperança rego
sementes de risos...
Alço voo livre
não me interdito...
Me perco no rito
de me semear
longe, meio ao mar
rumo ao infinito...