SEMEADURA

Não me perco ao dolo

destas horas tortas,

indo pelo ralo...

Contenho o lamento

escudada em prece,

teço o amanhã,

grávido do belo...

Lanço o meu rastelo

pelas folhas mortas,

queimo em fogaréu...

De esperança rego

sementes de risos...

Alço voo livre

não me interdito...

Me perco no rito

de me semear

longe, meio ao mar

rumo ao infinito...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 16/09/2012
Código do texto: T3884567
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