De noite pintei na madrugada,
De negro as fantasias
Acena no grisalho horizonte
O ocaso dos meus sonhos.
Do cálice com vinho tinto....
Uma deserta estrada
Um dia sem sol
Uma noite sem lua
Eu só no meio da rua
Coberto por negro manto
E uma só estrela,faz frio.
Nada mais sou .
Sou ;quem nas veredas da vida
Navega escuna na adversidade.
Velejando nos triângulos
Paixão , solidão e felicidade.
No versejar poesia e lisura
Do que dizes amor e poesia pura.
A minha vida eterna rotina.
Dela o meu trivial....
Vivendo no terreno das espectativa
É o galo que canta
O gato que mia.
São meninos de colo ;
Pensando que os viralatas latem.
Enquanto a caravana passa....
São ganços que em pernas avançam.
São os patos em curtos voos,
Logo, logo em lagos que deslisam.
São os pássaros em revoadas
São dos galhos sua pousada,
As sombras da minha amada.
Assim fez o dia.
Arrebol.
Do alto das árvores
Cantam as cigarras
Paradoxos.
Será o toque de recolher
ou alvorada ?
Neste momento a transição
da bicharada.
Do céu vermelha cortina
precede do cinzento ao negro manto.
No céu centenas de pirilampos
A clonar o brilho das estrelas.
Entra em cena na moita
O coaxar dos sapos.
Da eterna briga asas e patas
O atrito estridente canto dos grilos.
De hábitos noturnos na escuridão
um brilho se faz de silêncio
No piar da corujinha.
Rio da Ostras 26 de Agosto de 2012 18:00 hs