No vento e no papel
O vento rouba-me as palavras da boca
e soltas elas se espalham como borboletas
e viram frases que caem no papel
e formam poemas, lirismos e histórias.
Cada uma dessas histórias
Cada um desses poemas
Cada um desses lirismos
São eu mesma em forma de papel
ou em forma de palavras
ou talvez só sentimento,
e estou então no vento
com as palavras que se perdem
e estou então nas folhas
com as palavras que se escrevem
e estou dentro de mim
pronta para mais palavras
e para mais um dia e viver
as experiências que formam
as duas bárbaras
uma no papel outra no vento.