BURUCUTU FELIZARDO

Ao experimentar ser o Sol...

Senti a doçura da Lua.

Desejei amá-la como um mortal

Atrás da Via Láctea.

Tomei posse dos sentidos

para não revelar qualquer emoção.

Revejo em você,

quando sonho

o meu dragão do medo

a soltar labaredas

e fazer do meu céu da boca... Inferno!

Não reconheço em você... A parceria ideal.

Por isso, não me iludo com a magia

nem com as estrelas que se tornaram decadentes.

Eu, singular figura patética,

simples mortal, metido a ser erudito,

sem me responsabilizar pelos devaneios

e nem ter noção de estar fora do tempo.

Sem ansiar, me envolvo de presente,

passo do passado a passear futuro.

Sigo sem brindar a ironia.

Tento revelar meu eu no versado.

Porque não tenho jeito para ser

pingente de trem parador...

voltar a casar sem contrato de separação...

Nem voltar a viajar de metrô sem destino.

Tato studart
Enviado por Tato studart em 13/08/2012
Código do texto: T3828005
Classificação de conteúdo: seguro