ALEGORIA

Na intensidade de meu sonho

estou lado a lado a acariciar

o que sinto ser paixão, que passa ao largo.

Ofereço o essencial e a faço prosseguir

para assistir meu combate

com minha alma em punho.

Olho o céu

vejo o trajeto a ser percorrido,

charadas que tenho que superar

me converto em gestor

e vôo de encontro ao desespero.

Tolo sou na ciranda um cavalheiro,

combatente, que acredita no duelo do luar.

contra os dragões alados

e sonhos que jamais poderiam ser criados.

Inicio a contenda, sem estratégia.

Olho em direção a lua amada

Ela vaidosa se tornou minguante

a fazer charme com a certeza

de se apoderar do armar

a tal fatal felicidade sem amar.

Acordo no desespero

e no esquecer do mundo,

volto cair na real e no compasso

de uma inédita toada ... Amo o próximo.

Adorei o ser gentil,

recitei poemas de ternura

sem me importar com qualquer aparição

que pudesse desfazer durante o incidente.

No estorvo senti todos os tons tolos

de quem não sabe amar no inesperado.

Fui entregue ao delírio,

bebi todas as guerras,

perdi o que se fazia conceitos,

expus todo o que sabia

e nu, numa atitude tensa

de quem nunca amou ...

Colhi no espaço nuvens atormentadas,

me vesti com pinceladas de ciúmes,

com veneno apropriado, quase morro.

Ao sentir o brilho aproximado da ternura

consigo preservar a nudez da alma pura

adormeço pós ato que me faz eterno.

Ao acordar eu a vi crente, crescente...

Penso até hoje,

que jamais despertaria dessa alegoria.

Quando a vejo nos meus pesadelos

corro feito louco nas diversas direções.

Sorrio de felicidade

e a confessar docilidade

grito a quantidade muda do não dito...

Apenas, para quem me encanta,

recito a palavra mágica quase esquecida,

que foi do por quê de amar,

que por pouco... Morri.

Tato studart
Enviado por Tato studart em 11/08/2012
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